A Academia Internacional da Cultura Portuguesa (AICP) é um organismo tutelado pelo Ministério da Cultura, com sede na Sociedade de Geografia de Lisboa (SGL) e por esta apoiada em termos logísticos, funcionais e de secretariado.

A AICP foi criada em 1965[1], por iniciativa dos seus fundadores, nomeadamente os prestigiados Professor Adriano Moreira (falecido em 23 de Outubro de 2022) e Padre Joaquim Aguiar (falecido em 1 de Outubro de 2004).

Presidiram ambos por longos períodos aos destinos da instituição que fundaram. O Prof. Adriano Moreira, desde o início até Abril de 1996 e, posteriormente, de 2004 a 2010 e de 2017 a 2019. O Padre Joaquim Aguiar desempenhou o cargo desde 1996 até ao seu falecimento. Foram períodos suficientemente longos para que estas duas individualidades se confundam com a própria vida da instituição.

No período 2010-17, a presidência da AICP foi exercida pelo Dr. Carlos Monjardino. Em Outubro de 2019, seria eleito o novo Conselho Académico, presentemente em funções.

Deve-se ao Prof. Adriano Moreira, pela sua percepção e visão acerca da necessidade de promoção dos valores culturais e científicos em prol da salvaguarda dessa herança nas comunidades da diáspora espalhadas pelo mundo, aquele que tem constituído o míster e afirmação da Academia através de uma judiciosa e continuada programação das suas actividades ao longo de mais de meio-século.

Foi de sua iniciativa a Congregação Geral das Comunidades Portuguesas, inaugurada na Sala Algarve da SGL, em Dezembro de 1964, um evento que deu origem à União das Comunidades de Cultura Portuguesa e à AICP, registando-se, volvidos três anos, a realização da segunda edição daquele encontro das Comunidades, em Moçambique (Ilha de Moçambique).

Deixou o Prof. Adriano Moreira um efectivo e indelével rasto nas instituições em que serviu patrioticamente, com a sabedoria e simplicidade de um mestre e a lucidez prospectiva no acompanhamento de um mundo já naquela altura em acelerada transformação. A AICP constitui mais um marco do caminho estrategicamente empreendido pelo cidadão Adriano Moreira em diversos domínios de intervenção, nomeadamente no que respeita à cultura e marca portuguesas que o mundo presenciou.

Hoje, a AICP procura estar à altura desse relevante legado e prosseguir a acção tendente à valorização da arquitectura histórica e cultural, por via de parcerias e plataformas de cooperação.

Eis o sentido maior do planeamento das nossas actividades, que passam pelo reforço do acervo representado pela herança histórica, social e cultural, incluindo a da língua, no âmbito das comunidades espalhadas pelo mundo e nas relações com os países de acolhimento ou de origem, como é o caso dos Estados que fazem parte da CPLP, sem esquecer os seus Observadores Associados.

Nesse plano de acção estratégica inclui-se o desejo de continuar a cooperar com as instituições culturais e académicas nacionais (Academia das Ciências de Lisboa, Sociedade de Geografia de Lisboa, Academia de Marinha, Instituto D. João de Castro e Instituto Português da Conjuntura Estratégica, entre outras) e estrangeiras (com especial ênfase em instituições similares dos países membros da CPLP, bem como na Representação da Comissão Europeia em Portugal), tendo em vista a realização de iniciativas conjuntas, como sejam colóquios, conferências, permuta de trabalhos e publicações, apresentação de livros, etc.

[1] Decreto n.º 46 180, de 6 de Fevereiro de 1965 e Despacho de 6 de Maio de 1965, dos Ministros dos Negócios Estrangeiros e da Educação Nacional (Regulamento Interno);

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